sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Porque hoje é sexta-feira 13 (meio a estilo do Humberto Gessinger)

(Hoje a coisa vai ser em pílulas)

Não me considero uma pessoa supersticiosa embora eu siga à risca um velho ditado espanhol “No creo em las brujas, pero que las hay, las hay”. Sou dos que acredita que existe, sim, uma ligação interplanos e que boas e más ações são sementes. Planta-se, elas frutificam e a colheita é obrigatória. Mesmo que você não queira, aparecem na porta da casa da sua vida.

Não é porque eu acredite em azar (palavra que, confesso, não gosto), mas tem certas coisas que não faço. Passar debaixo de escadas é uma delas. Nunca se sabe. Quanto a gatos pretos, não gosto que cruzem meu caminho. Não é superstição que ele me dê azar. Apenas prefiro cruzar o deles para que eles tenham sorte. Embora o simples fato de serem gatos já mostra um aspecto evolutivo adiantado. Gatos não creem nessas coisas. Eu que, em meu estágio humano um pouco atrás deles, creio nisso por eles. No fim é apenas uma competição involuntária ou uma diversão boba. Quem passar na frente de quem ganha. Se eu tropeçar nele ou pisar no seu rabo, eu perco. Por sorte, nunca aconteceu.

Opa, falei “por sorte”. Se eu tivesse poderes de alterar as regras ortográficas e abolir palavras na canetada, eu revogaria “sorte” da Língua Portuguesa e a substituiria pela sua tradução em francês: “chance”. Sua dicionarização em português é a melhor definição para ambas: Ocasião favorável, oportunidade. Sorte acontece a todo momento. O vivente é que não tem a chance (em português mesmo, mas pode ser sorte se preferir) de aproveitar. E aí bota a culpa em deus.

Deus, aliás, mandou dizer que não tem nada a ver com o riscado. Então, cave suas chances e crie sua sorte. O dia de hoje, como qualquer outro, vai oferecer várias. Mas também não dê mole pra cojaque. Quebrar espelho pode não dar sete anos de azar, mas pode dar sete pontos no pé se você pisar no caco sem ver. Tome cuidado.

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